terça-feira, 4 de junho de 2013

WELink alerta

Falhas de abastecimento de medicamentos levam a abandono de terapêutica 

As falhas de abastecimento de medicamentos têm um impacto negativo nos doentes, levando a abandono de terapêutica ou a atrasos no início da mesma, refere oestudo “Caracterização das falhas de abastecimento no mercado farmacêutico nacional”, realizado pela Deloitte e encomendado pela APIFARMA.
O estudo, realizado pelo segundo ano consecutivo, indica que o nível de falhas de abastecimento de medicamentos no mercado nacional manteve-se relativamente a 2012 e que estas afectam actualmente 46% dos utentes inquiridos.
Os medicamentos do sistema nervoso continuam a ser os mais afectados pelas falhas de abastecimento (50%), seguidos pelos medicamentos do aparelho respiratório, que representam actualmente 23% do total das falhas reportadas pelas farmácias.  Tal como em 2012, continuam a ser reportadas falhas em medicamentos life saving e mais de metade das falhas de abastecimento à farmácia têm uma duração superior a 48 horas.
A falta de medicamentos no armazenista é indicada como a principal razão para as falhas de abastecimento, de acordo com 80% das farmácias inquiridas, sendo a exportação paralela – realizada pelos operadores logísticos - referida como motivo da falha por aproximadamente uma em cada 4 farmácias (23%).
O estudo conclui ainda que o INFARMED reconhece a exportação paralela como uma das causas do (des)abastecimento do mercado, e tem em curso acções de vigilância e inspecção das farmácias suportadas no reporte das falhas. Perspectiva ainda alterações legislativas que desincentivem a exportação de medicamentos essenciais em falta no mercado nacional, como o aumento das coimas e o controlo das exportações destes medicamentos.

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